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110V ou 220V: entenda as diferenças

Na hora de comprar um aparelho eletrônico novo, você sempre vê em sua descrição se o equipamento é 110V ou 220V, certo? E olha que ainda existem os aparelhos bivolt! Mas quando existe a separação, é difícil entender o porquê das duas opções. Nesse caso, antes de mais nada, é preciso saber qual é o padrão na sua casa, na sua cidade ou no seu estado. Talvez você também já tenha visitado outros lugares do Brasil em que as tomadas tinham uma tensão diferente, certamente não sendo a primeira pessoa a ficar na mão, sem poder usar o secador de cabelo, o carregador de bateria ou o barbeador.
Mas você por acaso tem ideia de quais são as diferenças entre uma tensão e outra? Imagina como escolher a melhor opção não apenas ao comprar produtos, mas também em uma reforma que vá mexer nas suas instalações elétricas?

Como são as tomadas pelo Brasil afora?

No Brasil não há um padrão específico para a tensão que chega às tomadas dos imóveis. No início do século XX, quando nossa rede elétrica começou a ser montada, várias companhias de diversas origens tomaram conta de cada região do país, de forma que os padrões dos lugares de onde elas vieram ajudaram a definir a escolha por sistemas de 110V ou 220V. Desde então, o mais comum é termos ou um ou outro disponível, mas, dependendo dos padrões de distribuição da concessionária local, ainda é possível ter as duas tensões em uma mesma instalação.
Estas escolhas foram feitas com base principalmente na economia que um sistema ou o outro poderia gerar. A verdade é que todas as instalações de rede de transmissão e distribuição tendem a ficar mais baratas nos gastos com transformadores e fiações de postes no 220V, mas ainda assim, na maior parte do país, usa-se o 110V, especialmente por questões relacionadas à segurança.
No Nordeste e no Sul do país, o sistema mais comum é o 220V, enquanto no Sudeste o 110V predomina. E se em Goiás e também em Brasília só se encontra o 220V, no Mato Grosso, no Mato Grosso do Sul e em toda a região Norte ele talvez só apareça em hotéis! Viu como é diversificado?

E sobre os cuidados com choques e apagões?

Por ser uma tensão menor, as tomadas de 110V oferecem também um menor risco para os desatentos, que podem colocar o dedo em plugues abertos e fios desencapados e esta acaba sendo a principal razão para as escolhas por esse sistema.
Já quando se trata de um apagão, ou seja, uma instalação solicitando excesso de energia à rede, o 220V leva uma pequena vantagem por trabalhar com correntes menores. Apagões gerais, crises de fornecimento e problemas maiores assim, pelo contrário, não são influenciados pelos sistemas de tensão. E ainda vale destacar que o impacto que cada modelo cria para a geração de energia é o mesmo, de forma que, portanto, nenhum é mais ecologicamente correto que o outro.

110V ou 220V: qual é mais econômico?

Na prática, não existe nenhuma diferença significativa entre um e outro. Pela mesma razão de usar correntes menores, o 220V consome um pouco menos — mas a diferença é realmente muito pequena, tanto que levaria décadas para ser sentida no bolso. Você já deve saber que o consumo de energia é medido pela unidade quilowatt-hora (KWh), como consta na conta de luz, correto? Assim, uma vez que o quilowatt é uma unidade de potência, o que realmente importa é a potência consumida por cada aparelho e o tempo que os equipamentos ficam ligados! Isso medido, claro, em horas!
Algumas vantagens para um lado, outras para o outro. Mas como toda questão difícil de se compreender, muitos mitos acabam aparecendo, como o do consumo menor em instalações de 220V. O importante mesmo é saber identificar cada sistema disponível e trabalhar com ele, de preferência gerando energia limpa, adequar as instalações e usar os aparelhos corretos. Aí sim se pode pensar em gerar economia!

Fonte/Foto: Solarvolt

Source: News MTX